terça-feira, 6 de agosto de 2013

Viajando com a música clássica

Pensamos em começar o segundo semestre com música clássica, aumentando as referências musicais e apresentando os instrumentos de uma orquestra.

Escolhemos uma melodia forte para provocar os sentidos, a Tocata e fuga em mi menor de Bach.



Aproveitamos algumas ideias do portal


Sentamos com as crianças em roda, no chão. Propusemos o desafio de ouvirem o que iríamos tocar de olhos fechados.


Aceitaram bem a ideia e vários permaneceram concentrados e introspectivos, alguns acompanhando o ritmo e um dos meninos ficou tocando um piano imaginário. 


Como a Tocata é longa, deixamos tocar somente até a metade. Talvez permanecessem concentrados até o final, mas não quisemos arriscar.

No grupo dos mais velhos, havia dois meninos que estavam agitados e não colaborativos e acabaram se acalmando e entrando no espírito quando uma voluntária sentou-se no meio deles e fechou os olhos dos dois com sua mão. Parece que precisavam de uma ajudinha para ficar de olhos fechados.





Começamos a coletar as impressões, o que imaginaram e o que sentiram. Fizeram observações interessantes, a maioria relacionou com fantasmas, assombrações, outros pensaram em uma pessoa tocando piano em um teatro enquanto bailarinas dançavam ao redor, uma menina disse ter imaginado bege o tempo todo. Houve também um menino que viu personagens de desenho tocando instrumentos e um que disse que teve muito medo e ficava com vontade de sair correndo. 

Fizemos várias perguntas: que tipo de música era aquele, quais instrumento ouviram. Falaram que era música sem ninguém cantando, que tinham ouvido piano, flauta, violino, violão e até harpa. Dissemos que na verdade só havia um único instrumento que tinha sons diferentes que pareciam outros instrumentos. Foram chutando e nós ajudando até chegarem ao órgão. Falamos sobre o instrumento e alguns já tinham visto.






 
Partimos para um segundo desafio. Entregamos os cadernos de desenho e deixamos lápis de cor e giz de cera a disposição. O desafio era desenhar ao sabor da música, totalmente soltos e ter coragem de arriscar fazer desenhos de olhos fechados acompanhando a melodia.








Adoraram essa liberdade e falta de compromisso com um desenho “bonitinho”. Muitos produziam livremente e ficavam satisfeitos com os resultados e, animadamente, explicavam o que tinham pensando e porque escolheram tal cor. 


Somente duas meninas se dedicaram a desenhos mais elaborados, mas que tinham a ver com instrumentos e notas musicais.







Vamos continuar a explorar de várias formas a música clássica. Gostaríamos de usar mais recursos como DVDs e a Internet, mas o telhado da nossa sala ruiu e estava bem ensolarada hoje e tivemos que improvisar em outra sala. Espero que fique pronta logo!