Nosso grupo de voluntárias tem encontrado tanta inspiração e
respostas para nossas questões em blogs
de educadores que achamos que chegou nossa hora de retribuir. Queremos contribuir
com aqueles que estiverem nessa empreitada educacional e multiplicar nossas
experiências de sucesso.
Já são 10 anos de atividades com as crianças do centro São
José, com grupos de idades entre 6 e 9 e entre 9 e 12. Muitos acertos, muitos
equívocos, vários sufocos, diversas alegrias e bastante aprendizado. Uma troca
tão rica, não deve ficar só entre nós.
Resolvemos compartilhar e para todos vocês que trabalham com
crianças, posso garantir, o trabalho pode ser árduo por vezes, mas é muito,
muito gratificante.
Comecei sozinha. A instituição é perto de minha casa, meus
filhos já estavam mais independentes, meu trabalho tinha horário flexível e
tinha chegado a hora de atender aquele chamado dentro de mim. Doava tanto para os meus filhos que o
contraste com o entorno menos favorecido, o contato com crianças tão carentes
doía na alma. Uns com tanto, uns com nada. Arregacei as mangas e fui a luta.
A instituição não tinha cultura de voluntariado e eu também
não, cheia de ideias e nenhuma experiência. Não preciso dizer que dei muita
bola fora e muita cabeçada. Mas, fui persistente e achei o caminho.
Fui chamando vizinhas e formamos o “Grupo Encontros”. Hoje
somos 6 trabalhando diretamente com as crianças um dia por semana, mais 4
trabalhando em uma biblioteca que montamos com doações e mais algumas que
contribuem financeiramente para comprarmos materiais pedagógicos.
A coisa cresceu, ficou profissional. Uma reunião por semana,
cada vez na casa de uma, corrente telefônica, atas, relatórios das atividades,
registros fotográficos, uniforme, logotipo, etc. Hoje, somos reconhecidas pelos
pais das crianças, temos o apoio e o carinho dos educadores e funcionários da
instituição e recebemos muito carinho das crianças também.
Tá bom gente, claro que não sempre essa maravilha.
Discutimos nas nossas reuniões, cada uma com suas ideias e paixões, tem dias
que as crianças não colaboram e nada dá certo, lidamos com muitos imprevistos e
às vezes ficamos estressadas e trabalhando como loucas para preparar o que
idealizamos utopicamente. Afinal, estamos aprendendo no caminho. Como falamos
para as crianças quando reclamam por errar: “Como se aprende alguma coisa?” e
elas já sabem a resposta: “Errando”.
Mudamos a expressão: “Xi, errei!”
por : “Xi, aprendi!”
Muito bom Selma .Vocês Todas estão de parabéns. Me sinto muito gratificada por poder fazer parte desse grupo.
ResponderExcluirNós também estamos muito felizes com a sua entrada para o grupo.
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